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10 Dicas para ACABAR com as birras

Imagine uma criança chorando, gritando, se jogando no chão. A cena é comum para você? Saiba por que acontecem as manhas e birras infantis e como proceder!


Nunca chame a atenção da criança gritando. Ressalte que existem coisas que não podem ser admitidas.
Poucas coisas conseguem pôr à prova a serenidade e a paciência dos pais como as birras dos filhos. O comportamento pode acontecer em qualquer fase, mas é entre 2 e 4 anos que é mais comum e esperado. Motivo? Nessa idade, eles estão desenvolvendo a identidade e a vontade própria começa a se manifestar. Como são dependentes, deparam-se com limitações.
A criança ainda não tem desenvolvida a capacidade de saber esperar. A falta de noção de tempo a faz querer alguma coisa imediatamente e, quando não consegue, sofre um terrível desgosto.O importante é saber que é possível diminuir a frequência e a intensidade do comportamento, ensinando, por exemplo, formas mais adequadas de expressão.

1. Nunca perca o controle

Por mais difícil que seja manter a tranquilidade diante de um escândalo do seu filho, respire fundo, controle-se e espere que ele se acalme. Se necessário, leve-o para um local isolado. Algumas vezes, já tive que pegar minha filha e sair de dentro do mercado, me abaixei e olhei nos seus olhos, falei firmemente que aquele não era um comportamento adequado e que o choro não iria ajudá-la a ganhar nada. Todos me davam aquele olhar de julgamento, mas e daí? Toda criança faz ou já fez isso! Acredite, gritar ou agredir a criança só faz com que ela se sinta rejeitada. Mantenha a calma, você é o ponto de equilíbrio dela.
 Se for o caso, pode até levantá-lo do chão e pegá-lo no colo. Ele precisa entender que você o ama, mas que tal comportamento não é aceitável. Um bom artifício para desviar a atenção da birra é solicitar a ajuda da criança em alguma atividade: mostre como a colaboração dela é importante.

2. Explique os motivos

Quando falar “não”, conte o porquê. Explique de forma que ela entenda, com palavras de fácil compreensão.

3. Entenda o que se passa

Aguarde a crise acalmar para depois conversar com a criança. Pergunte o que aconteceu, ouça o que ela tem a dizer e analise se aquele comportamento é normal ou exagerado. Exemplo: se o seu pequeno abriu o berreiro porque não quer ir mais à escola, antes de levá-lo à força ou castigá-lo, compreenda o que se passa. Pode ser que algum amiguinho esteja implicando com ele e essa é a maneira que ele encontrou de evitá-lo.  Aprenda a ouvir seu filho.

4. Dê o exemplo

É importante que os pais sejam um bom modelo de autocontrole. De nada adianta dizer que fazer birra é feio se quando você se irrita age batendo portas e gritando. Esse comportamento é semelhante ao da criança chorona ¬ emocional e impulsivo. Ensine respeito respeitando.

5. Faça combinados

Se o seu filho está com manha para não fazer a lição de casa, ouça os motivos e envolva-o na decisão fazendo um combinado. Por exemplo: a tarefa não será feita naquela hora, mas sim antes do jantar. Levar em conta o desejo da criança cria a possibilidade para ela refletir. Ela se sente reconhecida como pessoa e aprende a se responsabilizar pelos atos. O combinado deve ter algum tipo de recompensa, se for cumprido, e de consequência, se não for. Senão o esforço não tem valor e o seu filho vai pensar que normas não precisam ser obedecidas.

6. Seja firme no essencial

Existem birras que não são negociáveis. Seja firme nos seguintes assuntos: não é permitido desrespeitar os pais ou familiares e é preciso ir à escola, tomar vacina, ir ao médico, escovar os dentes… Se a criança pestanejar com alguma dessas ordens, não esmoreça: converse seriamente sobre o porquê da ordem e quais serão as consequências e cobre outra atitude dela. Lógico, que a consequência nunca deve ser uma agressão física!

7. Não ponha medo

Usar ameaças mentirosas para amedrontar a criança, como dizer que vai “entregá-la para o homem do saco”( particularmente detesto essa opção) não é legal. De duas uma: ou o seu filho vai ficar completamente apavorado sem conseguir obedecer ao que está sendo pedido, ou perceberá que as ameaças não são reais e deixará de acreditar em você. O melhor é sempre dizer a verdade.

8. Não bata nem ameace

Ok, às vezes a birra é tão enlouquecedora que dá até vontade de usar a força. Para os experts, um tapa não ensina, não transmite valores, não constrói pessoas reflexivas. Ameaçar bater e não cumprir é igualmente improdutivo: a criança percebe que você não faz o que diz e passa a usar isso contra. O ideal é buscar outras formas de repreensão que não a palmada. Deixar sem jogar games, ou para os menores pode ser usado um tapete, utilize como o tapete do pensamento, até que a criança se acalme. Como veremos a seguir.

9. Cuidado ao castigar

Nunca chame a atenção da criança gritando. Ressalte que existem coisas que não podem ser admitidas. Se depois da conversa seu filho continuar agindo de forma descontrolada, avise que não terá um novo diálogo e que ele irá para o castigo. Coloque-o para pensar no que aconteceu por algum tempo – sempre um minuto para cada idade. Por exemplo: se a criança tem 2 anos deixe-a no castigo por dois minutos. Outra opção é, logo após a malcriação, tirar do pequeno algo de que ele goste muito, como a TV ou o videogame. Depois do castigo aja normalmente sem se desculpar, pois essa é uma medida educativa.

10. Elogie

Os pais tendem a reclamar que os filhos só dão trabalho. Na verdade, eles se esquecem das coisas maravilhosas que as crianças também fazem. Elogiar é essencial para a autoestima dos pequenos. Quando o seu filho cumprir algum combinado ou entender que algo desejado não pode ser dado imediatamente, elogie a compreensão dele.

Talvez você terá que praticar muitas vezes até obter resultados, mas garanto que é melhor praticar muitas vezes e logo obter algum resultado, do que enfrentar essa birras todos os dias por muitos anos.

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